Você acha que “bolero” é ritmo antigo ou algo ultrapassado? Se pensas assim... estás muito enganado! O bolero pode ter nascido há muito tempo ..., porém está vivíssimo nos tempos atuais.

Alguns estudiosos afirmam que o bolero começou em Cuba, expandindo-se às raízes espanholas. O termo pode ter vindo da palavra “boleras” que se refere aos ornamentos dos vestidos das espanholas assim como das ciganas, ou ainda de “volero”, retomando a ideia de “voar”, devido ao movimento das saias das dançarinas. É uma dança romântica e dinâmica, dançada em par e com variados movimentos pelo salão. O ritmo, sobrevive aos diferentes contextos e épocas, passando por algumas alterações como: inicialmente os dançarinos mantinham-se mais afastados diferentemente de hoje, quando dançam mais aproximados e com maior sensualidade. 

Em Atibaia, o mês de março começou ao som do bolero, marcado com o evento “Workshop Clube do Bolero”. Essa edição contou com a parceria e participação de três casais profissionais do ritmo musical, que ministraram três aulas consecutivas, concluindo cada uma delas com a apresentação do casal docente. O evento aconteceu no dia 2 de março (sábado) das 15h às 20h no Bairro Alvinópolis, encerrado com um baile entre os participantes que praticaram o ritmo e com criatividade realizaram os movimentos pelo salão.

Fábio Júlio e Luna Maria, apresentaram alguns passos básicos e intermediários para iniciantes ou já iniciados à prática de bolero, envolvendo a todos com o lema “primeiro o movimento e depois o sentimento”; ensinaram passo a passo a técnica seguindo com a inserção da sensualidade no desenvolvimento da dança. 

Franz Rocha e Patrícia Aguilar destacaram a dança do ritmo bolero como “tempo presente”, ou seja, seria como viver o momento presente com calma, aproveitando cada movimento, não dando espaço para a ansiedade, representada pelo momento futuro. De acordo com os dançarinos, é necessário respeitar o ritmo, envolver-se e estar junto ou a espera do movimento do outro para o êxito do resultado. 

Mateus Tardivo e Driely Silva, atuais campeões brasileiros de tango pista e tango vals e tango pista na bienal de Florianópolis, ambos em 2023; completaram o workshop com a ideia de que o estilo musical “bolero” exige paciência dos envolvidos e que as habilidades de ver e “sentir” são necessárias para a beleza da dança e conexão do casal, há diálogo e cumplicidade em cada passo, giro ou condução, para eles o bolero é a “mãe da dança de salão”.

Os casais deram um show de talento, didática e simpatia o que contribuiu para contagiar, encantar e envolver os participantes, como diria Elymar Santos “eu e você, assim ao som de um bolero, pra lá, pra cá, do jeito que eu quero (...), escancarando de vez!”. 

Além de Atibaia, o Clube do Bolero já promoveu encontros e workshops em Santos, São Bernardo do Campo, Sorocaba, Rio de Janeiro e São Paulo. O último workshop, reuniu pessoas de várias localidades: Atibaia, Itatiba, Bragança Paulista, São Paulo, Limeira entre outras que estiveram no evento para conhecer, apreciar e praticar o ritmo tão envolvente. A playlist utilizada no evento foi diversificada de “Quizás Quizás Quizás”, de Osvaldo Farres à “Set Fire to the Rain” da cantora Adelle.

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Fontes: 

https://www.danceadois.com.br/blog/danca-de-salao-e-bolero-saiba-mais-sobre-esse-ritmo/

https://www.instagram.com/clube_do_bolero_/